Há cerca de duas décadas, que a raça Blonde D’ Aquitaine se tem vindo a implantar em Portugal, sendo cada vez mais reconhecida pelos produtores, dadas as características que tem demonstrado, quer na óptica da reprodução quer na produção de carne.

No que concerne à reprodução, não podemos ignorar a sua elevada Taxa de Fertilidade e facilidade de parto, a sua capacidade maternal, não desprezando os vitelos, que por sua vez, revelam elevados índices de crescimento com consumos relativamente baixos.

Quanto ao segundo aspecto, produção de carne, são animais de excepcional cobertura muscular com carcaças de terminação precoce, oferecendo um alto rendimento de carne limpa com elevada percentagem de carnes nobres.

A evolução verificada, ao longo destes cerca de 20 anos, fez com que os maiores produtores da raça Blonde D’ Aquitaine constituíssem a Associação Portuguesa Blonde D’ Aquitaine (APBA) que, hoje, já regista, como puros Blonde D’ Aquitaine, 2984 animais dos quais 633 pertencem a criadores activos, tendo sempre em vista o aumento do efectivo puro e, os restantes são propriedade de não associados que, embora integrados na APBA, têm como objectivo o cruzamento industrial.

O patamar de qualidade, já hoje alcançado, não coloca a APBA numa situação de conformismo e acomodação. Pretende sim e, cada vez mais, assegurar o futuro das características da raça.

Paralelamente, a APBA incentiva o cruzamento da Blonde D’ Aquitaine com as raças autóctones, procurando que as vacadas industriais integrem animais cruzados de crescimento e eficácia alimentar excepcional, de forma a que a carne nacional tenha, cada vez, melhor qualidade e seja apetecível a todos os níveis, nomeadamente no que toca ao rendimento.

Estamos cada vez mais convencidos que a raça Blonde D’ Aquitaine será um desafio ganho e, por isso, justifica-se, com muito maior pertinência, a preferência por esta raça, que representa um investimento seguro, de baixo custo e rápido retorno para o produtor.