UTAD atribui “certidão de idade” a oliveira com 2450 anos
A segunda árvore certificada mais antiga de Portugal, uma oliveira com 2450 anos, situada na aldeia típica de Monsaraz, vai receber a respetiva “certidão de idade”, passada pela Universidade de Trás--os-Montes e Alto Douro (UTAD), num ato público que terá lugar na próxima quarta-feira (dia 18 de dezembro).
Esta oliveira, cujo tronco precisa de sete homens para o abraçar, faz parte de um conjunto de sete, inseridas nos espaços de uma unidade hoteleira de Monsaraz, que a UTAD acaba de certificar, em parceria com a empresa “Oliveiras Milenares”. Todas antiquíssimas, uma delas tem 1370 anos e outra 1330 anos. A direção do Hotel Rural vai criar um percurso histórico dentro dos 7 hectares que rodeiam a unidade e associar a idade das oliveiras a acontecimentos marcantes da história.
Recorde-se que a mais antiga árvore conhecida em Portugal, com a idade de 2850 anos, é igualmente uma oliveira certificada pela UTAD há dois anos em Santa Iria de Azóia.
O método científico aplicado na datação, inovador a nível internacional, foi criado pela UTAD, numa parceria com a empresa “Oliveiras Milenares”, tendo como mentores José Luis Louzada e Pacheco Marques, investigadores do Departamento de Ciências Florestais e Arquitetura Paisagista, e tem servido de base, nos últimos anos, à datação de algumas das mais velhas árvores do país. Tal método baseia-se no estudo dos padrões de crescimento das árvores a partir dos troncos ocos, usando a metáfora das “matrioskas”, as bonecas russas que vão saindo umas de dentro das outras.