Terras de Alter produz o vinho do novo mundo

 

Uma boa gestão, um departamento comercial empenhado e um trabalho de enologia de elevada qualidade, são factores determinantes para que a Companhia Terras de Alter tenha fortes possibilidades de vingar nos mercados internacional e português.

A equipa gestora é constituída por pessoas experientes, diferindo da idade média da estrutura comercial, que se apresenta bem mais jovem, de modo a dar continuidade ao projecto nos próximos 20 ou 30 anos. “O cliente é o principal responsável pelo sucesso ou não de uma empresa. Por isso, é necessário haver um bom fio condutor, com um período de vida razoavelmente grande para poder ser bem trabalhado, compreendido e aproveitado. Talvez seja essa a nossa maior riqueza. O nosso património é a estrutura comercial que temos vindo a criar”, afirma o director da Companhia situada em Fronteira, Rui Borges.

Apesar de recente, este projecto já atingiu uma grande notoriedade e perspectiva continuar a crescer. Foi constituído a partir da junção da Sociedade Agrícola Herdade das Antas, da Sociedade Agrícola do Monte Barrão e da Pink Living. Esta última pertencente ao enólogo australiano Peter Bright, figura responsável pela construção da adega, escolha de equipamentos e de todos os métodos inovadores utilizados para a produção de vinhos.

“De todas as empresas que estão em Portugal, esta talvez seja uma das que mais pontua pelo espírito dos vinhos do novo mundo. Assim, surge o lema: “o vinho do novo mundo produzido no velho mundo dos vinhos”, reforça o director.

 

Novidades recebem críticas positivas 

A cada ano que passa, tem-se verificado um aumento da produção por consequência do aumento das vendas. No ano passado registou-se um crescimento em vendas de 47%, o que obrigou a uma produção de cerca de 800 mil garrafas. Já para 2011 espera-se uma produção de um milhão de garrafas para fazer face às previsões de vendas. Porém, a infra-estrutura existente não tem capacidade para produzir mais que esta quantidade pelo que em 2012 pode vir a ser ampliada ou ser construída uma nova.

A plantação de videiras também está a ser alargada para colmatar a falta de matéria-prima em algumas variedades, mas tal só terá reflexos no aumento da produção no prazo de quatro anos.

A aposta deste ano será numa gama de vinhos monovarietais, já que a procura tem sido acrescida. A 5 de Março de 2011 serão apresentados à imprensa vinhos de tipo Alvarinho, Verdelho e Viognier. Em relação ao vinho tinto, a novidade será um Premium, com uma qualidade semelhante à do Vinho Outeiro, eleito pelo crítico João Paulo Martins como um dos melhores de Portugal em 2010. Em relação ao vinho tinto que será lançado este ano, “já fizemos apresentações a entidades especialistas na área, tanto no estrangeiro como em Portugal e temos recebido críticas bastante positivas”, refere o director de Terras de Alter.

 

Exterior absorve mais de metade da produção

Mais de metade dos produtos produzidos pela Companhia são exportados. EUA, Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo), Suíça, Inglaterra, Alemanha, Finlândia, Suécia, Brasil e Angola são os destinos. Apesar do mercado internacional ser extenso, para estas gamas de vinho português, a comercialização é diferente. No caso dos EUA, os vinhos exportados são o branco, tinto e rosé, colheitas do ano. A escolha dos suíços recai mais para os vinhos de elite da Companhia Terras de Alter. Mas nem todos os mercados são de extremos. Na Bélgica, há um equilíbrio entre a venda de vinhos de preços mais baixos e de preços mais elevados.

Em Portugal estes vinhos podem ser encontrados na Região onde são produzidos mas são igualmente distribuídos a nível nacional através de uma estrutura comercial bastante completa, incluindo as cadeias de distribuição do Grupo Jerónimo Martins e Sonae. A distribuição na restauração é feita através de uma rede de grossistas espalhados por todo o país.

Vinhos premiados

 

Premium Outeiro 2008

Aroma: Intenso a fruta vermelha e preta com notas de especiarias e moca. Madeira de grande qualidade e muito bem integrada.

Paladar: Notas de fruta vermelha e preta, boa acidez e estrutura. Muito volumoso, taninos presentes mas de grande qualidade. Final muito longo e agradável.

 

Terras d’Alter Reserva Branco 2009

Aroma: Intenso a frutos tropicais com notas elegantes de baunilha e coco.

Paladar: Notas minerais que se conjugam com fruta tropical madura. Boa estrutura e acidez que lhe conferem volume. Final muito fresco.

 

Terras d’Alter Reserva Tinto 2007

Aroma: Intenso a fruta preta madura com notas de especiarias.

Paladar: Notas de fruta madura, boa acidez e estrutura. Muito volumoso. Final muito suave e prolongado.

 

Terras d’Alter Alicante Bouschet 2008

Aroma: Intenso a fruta preta e especiarias.

Paladar: Notas de fruta preta, boa acidez e estrutura. Taninos bem presentes mas com muita suavidade. Final muito agradável com notas de chocolate.

 

Terras d’Alter Touriga Nacional Rosé 2009

Aroma: Floral intenso com aroma a violetas e cerejas.

Paladar: Fresco, frutado e floral com final muito suculento e agradável.

 

Terras d’Alter Arinto 2009

Aroma: Ervas aromáticas combinadas com limão e aromas flrais.

Paladar: Palato muito fresco a lima/limão e um final com uma acidez muito equilibrada.

 

Terras d’Alter Verdelho 2009

Cor: Palha com auréola verde.

Aroma: Notas intensas a melão e maracujá.

Paladar: Notas de melão e maracujá, com citrinos frescos no final.

 

Terras d’Alter Tinto 2008

Aroma: Frutos vermelhos maduros, ameixas e funcho.

Paladar: Taninos suaves e maduros, fruta e especiarias. Final com notas de moca transmitido pela tosta das barricas.