Frutas Lurdes Guerreiro: Exemplo de competitividade e qualidade na região do Algarve

Desde 1989 que a empresa algarvia Frutas Lurdes Guerreiro & Filhas assume um papel preponderante na produção e comercialização de citrinos na região do Algarve. Fundada como Frutas Bernardino, da responsabilidade de Bernardino Guerreiro, iniciou a sua actividade arrendando alguns pomares de citrinos na região de Silves, preparando a fruta, embalando-a num armazém da zona e comercializando-a. Posteriormente, iniciou o seu próprio projecto com a construção de um armazém que ainda hoje é sede da empresa, localizada em Sobrado, freguesia de Algoz, pertencente ao concelho de Silves.

A década de 90 foi de remodelação para a empresa que, após o falecimento do seu fundador, passou a designar-se Frutas Lurdes Guerreiro & Filhas.

Apanágio desse factor de crescimento da empresa, suportado pelo aumento da produção, é a construção de uma nova câmara de frio, com capacidade para 120 toneladas de fruta e a ampliação do actual armazém que passará a dispor de novas plataformas para carregamento de citrinos, carência considerada suprir fundamental pela directora geral, Bertina Alexandre.

 

Internacionalização foi conseguida pelos próprios meios

A evolução natural da empresa passa pela entrada numa cadeia nacional de distribuição, em colaboração com grandes superfícies de consumo, sendo que a internacionalização foi conseguida pelos próprios meios, ou não fosse a Frutas Lurdes Guerreiro & Filhas uma empresa proactiva na expansão noutros mercados que não o nacional. Mantendo as habituais cooperações com os principais mercados abastecedores do país, como Lisboa, Porto, Coimbra, Santa Maria da Feira ou Açores, a Frutas Lurdes Guerreiro & Filhas também exporta para Espanha, França, Itália, Ucrânia, Cabo Verde e Guiné-Bissau, por exemplo.

 

Embala em média 35 toneladas de citrinos por dia

Bertina Alexandre refere uma particularidade da Frutas Lurdes Guerreiro & Filhas, que passa pelo facto de, tal como aquando da sua fundação, trabalhar sobretudo com o arrendamento de pomares. “Trabalhamos com cerca de 40 produtores, principalmente de Silves e só esporadicamente arrendamos noutros concelhos algarvios. Muitos dos produtores com quem trabalhamos são de uma faixa etária elevada e sem continuidade familiar para a actividade”, afirma.

Uma empresa como a Frutas Lurdes Guerreiro & Filhas, que embala em média 35 toneladas de citrinos por dia, tenta, através da utilização de fruta de boa qualidade, melhoria constante do embalamento e dos serviços prestados aos clientes sobreviver à tão propalada crise que afecta gravemente os mercados de produção.

A sua estratégia, como reforça Bertina Alexandre “consiste em diversificar mercados, nomeadamente através da disponibilização da sua oferta a novos clientes”.

 

 

Na campanha 2010-2011 a empresa trabalhou 270 hectares ocupados por laranjeiras (de umbigo e tipo valência late), tangerineiras (clementinas, mediterrânicas e híbridas), tangeleiros (novas), tanjeiras (ortanique e carvalhal) e limoeiros (lisboa e lunário). Estes são apenas alguns dos variados géneros de citrinos que a Frutas Lurdes Guerreiro & Filhas oferece a todos os consumidores finais, um pouco por todo esse mundo fora.