Na Europa do sul, e em particular na Península Ibérica, a apicultura foi desde sempre uma atividade agrícola com elevado impacto económico e social, sendo exercida atualmente por mais de 40 mil apicultores que gerem um número superior a 3 milhões de colónias.

A profissionalização da atividade e a sua globalização impõem novos desafios, desde o impacto na diversidade genética das populações, o surgir de novos inimigos (doenças, parasitas e predadores) que condicionam o estado sanitário das colónias, até às ameaças ambientais (por exemplo, alterações climáticas e pesticidas) com impacto na mortalidade e qualidade dos produtos apícolas.

A investigação é a ferramenta ideal para responder a todos estes desafios e para encontrar novas soluções que permitam melhorar as condições das abelhas e a competitividade do setor apícola.

Esta realidade vai estar em cima da mesa no III Congresso Ibérico de Apicultura, onde investigadores e técnicos Espanhóis e Portugueses poderão apresentar e discutir as suas novas descobertas bem como desenvolver parcerias estratégicas com objetivos comuns, pensando também nos desafios que se avizinham no âmbito das políticas Europeias para o horizonte 2014-2020.

O Congresso está marcado de 13 a 15 de abril, em Mirandela, e tem na sua organização entidades como a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança e a Cooperativa de Produtores de Mel da Terra Quente e Frutos Secos.