Jornadas ibéricas promovem conhecimento técnico e científico
À pergunta sobre o porquê das Jornadas agora e em Idanha-a-Nova em particular, a comissão organizadora, designadamente Carlos Reis CERNAS, explica que a figueira-da-índia é uma espécie que, pelas suas potencialidades, nos últimos anos tem despertado a atenção de alguns agricultores do centro e sul do país. Trata-se duma espécie com elevado interesse particularmente em áreas geográficas onde a disponibilidade de água é um fator limitante na atividade agrícola. Para além do consumo do fruto em fresco, é possível obter outros produtos na área alimentar, cosmética e farmacêutica, utilizando os vários órgãos da planta. Os cladódios podem ser utilizados na alimentação de ruminantes e as sementes são ricas em ácidos gordos polinsaturados. Com estas Jornadas a organização procura envolver investigadores, técnicos e produtores, portugueses e espanhóis, que desenvolvem trabalho com a figueira-da-índia, no sentido da divulgação de conhecimento dirigido a todos os que se interessam por esta espécie. Já o concelho de Idanha-a-Nova tem condições ecológicas adequadas para esta cultura, a qual poderá constituir-se com uma alternativa válida para os agricultores da região. De referir ainda que ali se localiza um dos maiores pomares do país de figueira-da-índia.
No âmbito da sua política de investigação, colaboração e apoio à comunidade a Escola Superior Agrária de Castelo Branco tem já instalado um campo de ensaio para caracterização e avaliação de populações nacionais de figueira-da-índia [Artigo na íntegra disponível na edição impressa +]