Mudanças no mercado obrigam à definição de novas estratégias

 

Nas várias actividades desenvolvidas pela Cooperativa Agrícola de Boticas é de sublinhar aquelas que têm levado à projecção de dois produtos de alta qualidade, a Carne Barrosã DOP e o Mel de Barroso DOP. É na CAPOLIB que está sedeado o Agrupamento de Produtores de Carne Barrosã, entidade responsável pela comercialização da mesma, que teve início em 1996. Desde essa altura verificou-se um crescimento exponencial até ao ponto de equilíbrio entre oferta e procura. Entretanto, com o passar do tempo, foram aparecendo outros tipos de carne no mercado, paralelamente a uma diminuição do poder de compra do consumidor, que obrigam à adopção de novas estratégias comerciais, conforme nos releva o director-geral da Cooperativa, João Paulo Costa.

O criador pode distinguir-se em dois perfis, o da região do Barroso e do região do Minho. Recorde-se que a raça está dispersa por quatro distritos e 21 concelhos, todos integrados no caderno de especificações para produção de Carne Barrosã DOP. A carne barrosã provém de animais com idades compreendidas entre os cinco e os nove meses, com pesos de carcaça entre os 70 e os 130 kg. Apresenta-se no mercado em meias carcaças, desmanchada e embalada em vácuo, fatiada e cuvetizada, em hambúrgueres, almôndegas ou como carne picada, para além de outros preparados de carne. O mercado está concentrado nas grandes superfícies e em menor escala em restaurantes, talhos e distribuidores. Iniciou há pouco tempo a exportação para França, prevendo-se que venha a entrar ainda no mercado belga e no espanhol. O futuro da raça vai depender em primeira instância dos subsídios à produção, porque sem eles o mercado não consegue pagar o diferencial de um produto que por todas as razões tem de ser mais caro.