O Registo Zootécnico da Raça Churra da Terra Quente data de 1991, então pelo Centro de Ovinicultura do Nordeste e, desde 1993 da responsabilidade da ANCOTEQ – Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Raça Churra da Terra, com sede em Quinta Branca – Larinho, no concelho de Torre de Moncorvo.  A ovelha Churra resultou da fusão entre as raças Badana e Mondegueira, ambas raças rústicas e bastante fecundas, com frequentes partos gemelares, boas produções leiteiras e com produção de carne regular.
A exploração é baseada na tripla função: carne, leite e lã, sendo a última um produto ultimamente pouco valorizado.
A reprodução é feita de forma natural, com separação dos machos nas explorações com melhor maneio reprodutivo ou com “aventais” para evitar a cobrição das fêmeas em períodos  não desejáveis.  O desmame dos borregos faz-se aos 30/40 dias (Borrego terrincho DOP), iniciando-se nessa altura a ordenha, destinando-se o leite ao fabrico do Queijo Terrincho DOP.  Em termos de área geográfica, distribui-se por toda a região da Terra Quente e Douro Superior. Nos últimos dois anos verificou-se uma diminuição dos efectivos, devido à idade avançada dos criadores e à falta de interesse manifestada pelos jovens em relação a esta

actividade, bem como às exigências do PRODER e das Entidades de Controlo das Ajudas, a par da falta de apoio à raça.
Desde o início do ano a Churra da Terra Quente passou a estar incluída no pagamento complementar às raças autóctones e desde então voltou a verificar-se alguma adesão dos produtores, mas sem aumento de efectivos porque outros foram desistindo.
Dada a tripla função da raça, a Ancoteq criou duas cooperativas: a QUEITEQ – Cooperativa de Produtores de Leite de Ovinos da Terra Quente CRL, que produz o Queijo Terrincho e o Terrincho Velho, ambos com Denominação de Origem Protegida, e a OVITEQ – Cooperativa dos Produtores de Carne de Ovinos da Terra Quente CRL, que produz o Borrego Terrincho com Denominação de Origem Protegida.
O Queijo Terrincho é feito artesanalmente, curado, resultante do escoamento lento da coalhada, após a coagulação do leite, cru e extreme.                            A pasta é bastante dura, ligeiramente untuosa e apresenta uma cor amarelada, com um aroma suave e característico e sabor limpo. A OVITEQ também se encontra num bom período de comercialização.