Alentejana

Pedro Espadinha

Secretário Técnico da Raça Alentejana

Os bovinos autóctones da região Alentejana são uma raça primitiva e milenar, segundo Andrade R. (1948) “a sua existência pode considerar-se milenar.”
A Raça Bovina Alentejana é uma das principais raças exploradas no Sul de Portugal, foi durante algumas décadas, utilizada fundamentalmente para o trabalho, mas com a generalização da mecanização da agricultura, a produção de carne tornou-se o principal objectivo dos sistemas de produção dos bovinos desta raça. Na década de setenta surgiram as primeiras iniciativas concretas no sentido de melhorar a raça, através da instituição do Livro Genealógico da Raça Bovina Alentejana, que tinha como finalidade “manter, proteger e melhorar esta raça”.                                                                      Actualmente mercê dum trabalho da Associação dos Criadores de Bovinos da Raça Alentejana e dum plano oficial de melhoramento animal, a tendência é para que o efectivo das raças autóctones aumente, tendência esta não

alheia ao facto da qualidade de vida ter melhorado nos últimos anos o que permite um aumento na exigência dos consumidores, é com base neste factor que foi criado o agrupamento de produtores Carnalentejana S.A. que começou a comercializar carne com Denominação de Origem Protegida, D.P.O., garantindo ao consumidor que o que consomem é um produto natural.
É com base no atrás mencionado que se tem de melhorar a raça bovina Alentejana, pois tem de se ter animais que produzam mais e melhor sem que as suas características de rusticidade, grande capacidade de ingestão de matéria seca, resistência às grandes amplitudes térmicas, grande capacidade de resistência em alturas de escassez de alimento, sejam perdidas ou diminuídas.
O efectivo actual dos bovinos da raça alentejana, é de cerca de dezasseis mil fêmeas
O sistema de exploração dos bovinos da raça Alentejana é fundamentalmente um sistema de produção de extensivo.