Especial Pecuária
Homem e Animal, uma parceria que se perde no tempo desde que o primeiro descobriu as infindáveis utilizações que poderia dar ao segundo.
Tal como o Homem se foi adaptando às diferentes regiões do planeta onde se foi fixando também as várias espécies animais desenvolveram essa mesma capacidade, ganhando características próprias ao longo dos séculos.
Embora de pequena dimensão Portugal apresenta uma grande riqueza de raças que foram desenvolvendo características consoante os pontos do país .
Até há umas duas décadas, por várias razões, algumas dessas raças apresentaram sérios riscos de extinção e algumas chegaram a perder-se antes de serem criados mecanismos de apoio específico para protecção das raças autóctones.
Para beneficiarem deste tipo de apoios, entre outros aspectos, as raças estão acopladas a Agrupamentos de Produtores, alguns dos quais desenvolveram estratégias e criaram organismos para a posterior comercialização das

carnes, que, cumprindo requisitos preestabelecidos beneficiam de certificações que as colocam no patamar de produtos de excelência.
De acordo com dados oficiais podemos falar de mais de três dezenas de raças autóctones, entre bovinos, suínos, caprinos e ovinos, algumas ainda numa séria luta para não se perderem.
Do outro lado desta linha estão as raças exóticas, ou selectas, normalmente mais produtivas, em regimes de exploração diferentes e produzidas em linha pura ou em cruzamentos, porque afinal, a produção animal de alguma forma pode ser vista como o resultado dos recursos genéticos, entre outros aspectos. Destas raças dependerá em parte a alimentação humana.
Mas, falar de pecuária é falar de muito mais que apenas as raças animais, há um sem número de produtos derivados e actividades paralelas indispensáveis que lhe estão associadas até que um simples bife possa chegar ao nosso prato.
