É na prevenção que se poupa dinheiro

A HIPRA uma empresa de origem catalã, cuja actividade é a produção e comercialização de produtos para saúde animal. Farmacêutica veterinária, está exclusivamente direccionada para animais de produção, a saber: suínos, ruminantes, aves, coelhos e peixes. Portugal foi a primeira filial criada pela empresa com mais de meio século e que anualmente investe cerca de 10% da sua facturação total em investigação e desenvolvimento de novos produtos.

Embora possua outros produtos, a sua principal área de desenvolvimento e investigação centra-se na imunologia, isto porque é estratégico o sector da prevenção, querendo a HIPRA assumir-se cada vez a referência em prevenção na saúde animal.  

De forma a sabermos um pouco mais sobre a nova vacina da Hipra para prevenção de mamites estivemos à conversa com Tiago Salvado, Médico Veterinário e Gestor de Negócios para a área dos Ruminantes.

Actualmente o produto de maior destaque dentro da HIPRA é a vacina STARTVAC, única no mercado nacional e europeu, cujo slogan é “menos mamites pós-parto”, que ilustra bem o objectivo da mesma que é o de reduzir os encargos, ou o prejuízo financeiro que as mamites neste momento representam para os produtores de leite. Diz Tiago Salvado que esta é a principal patologia a nível das explorações leiteiras, tanto a nível da sua frequência como do seu impacto económico.

O grande efeito desta vacina é reduzir o número de mamites que ocorrem na exploração, por via deste tipo de agentes. Uma vez que a vaca está imunizada fica menos susceptível mesmo em presença dos mesmos, porque tem um sistema imunitário capaz de debelar uma infecção.

Por outro lado, vai reduzir a severidade das mamites que vierem a ocorrer, com reflexo em menos dias de tratamentos e, por fim, vai também contribuir para um factor que é hoje em dia decisivo na forma como é feito o pagamento do leite aos produtores, que é a contagem de células somáticas (indicam o estado sanitário do úbere), que vão diminuir.

No circuito comercial há apenas um ano a STARTVAC apresenta já bons resultados embora se reconheça que a adesão dos produtores a estratégias de prevenção tem sido gradual, nomeadamente pelo facto do sector do leite atravessar um complicado período económico.

Todavia, Tiago Salvado acredita que, pelo contrário, essa até deve ser uma boa razão para aderirem à vacina uma vez que os ensaios realizados provam que deve ser vista não como um custo mas sim como um investimento com retorno a curto-médio prazo.