Museu do Queijo de Peraboa atinge dez mil visitantes

Publicado a 06-03-2013

O Museu do Queijo de Peraboa, no concelho da Covilhã, atingiu, na semana passada, os dez mil visitantes pagantes. A dois meses do segundo aniversário, as expectativas foram francamente ultrapassadas. Inaugurado a 14 de maio de 2011, pelo Presidente da Câmara Municipal, Carlos Pinto, e pelo Presidente da Junta de Freguesia de Peraboa, José do Nascimento Costa Curto, o Museu tem surpreendido os seus visitantes com as tradições ligadas ao queijo e a transumância.

O Museu do Queijo valoriza o saber fazer, sendo possível experimentar e  vivenciar todo o ciclo do queijo. Numa área bruta de 634 metros quadrados, disponibiliza: recepção/informação, diversas salas temáticas, projecção 2D e 3D, jogos interativos, jardim interior, sala de degustação, permitindo uma verdadeira viagem sensorial, pois no final o visitante pode degustar três variedades de queijo. Este Museu foi projetado pelo arquiteto Miguel Carreira com conteúdos da empresa Lobby.

Ao longo destes quase dois anos de existência, o Museu do queijo estabeleceu várias parcerias com empresários, ligados à pastorícia, ao queijo e à agricultura. Assim, o visitante tem a oportunidade in loco de observar como se faz a ordenha, a tosquia, o queijo. “Os nossos parceiros são uma peça fundamental para o êxito do museu, digamos, ajuda-nos a consolidar os conteúdos abordados, aliando a teoria à prática. Falo dos empresários de Peraboa, José e Eduardo Braz (Fábrica Braz), da Quinta Pedagógica (Daniel e João Anastácio) e da Quinta do Limite (Sandrina Melfe)”, explica o diretor do Museu, Pedro Silveira.

 “Outra temática que tem agradado aos visitantes é a cultura judaica. O Museu do Queijo situa-se numa antiga judiaria e, por incrível que pareça, Peraboa foi pioneira em Portugal na produção do Queijo Kosher – pela mão da Fábrica Braz. Iniciou a sua produção em 2008. Toda a Cova da Beira (Vale dos Judeus) foi fortemente habitada por “Marranos”, cripto – judaicos (conversão à força). Os judeus que habitaram as beiras mantinham vivos e em segredo os seus ritos judaicos, mesmo tendo sido convertidos, de uma forma forçada, ao cristianismo. Todos estes conteúdos são abordados no museu, integrando-se o queijo Kosher (como é o caso do queijo Chaval Israel), que é produzido exclusivamente na Fábrica Braz para a comunidade ortodoxa dos Estados Unidos da América, Europa, outros”.