Projeto nacional plantas aromáticas envasadas produzidas em MPB
Publicado a 04-03-2013
Num momento em que as questões da sustentabilidade ambiental, da agricultura biológica, da transferência de conhecimento das universidades para o mundo empresarial e da importância da inovação na recuperação da economia são centrais para a europa e para todos os estados membros, o Instituto Superior de Agronomia (ISA) anuncia a sua contribuição para estes desideratos, nomeadamente através do sucesso do projecto BIOPLANTA.
Este projecto resulta de uma parceria entre a Teciplante - Viveiros de Plantas Lda. e o ISA, através da sua Unidade de Investigação de Química Ambiental, com o intuito de converter a área de produção de plantas aromáticas e medicinais desta empresa, do modo de produção convencional para o modo de produção biológico (MPB).
Esta parceria, que data de 2011, teve o apoio financeiro do Programa ProDer (iniciativa do Ministério da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território, cofinanciada pelo FEADER), e tornou possível, a optimização do processo produtivo em MPB e atualmente a Teciplante faz a comercialização de plantas aromáticas e medicinais, envasadas e certificadas neste modo de produção, não só no mercado nacional, como iniciou, a partir deste mês, a sua exportação para França.
A equipa da Unidade de Investigação de Química Ambiental do ISA tem dedicado a sua intervenção às áreas dos substratos de cultivo e da fertilização orgânica, sendo constituída pelo Prof. Henrique Ribeiro (coordenador), Prof. Ernesto Vasconcelos e Prof. Fernanda Cabral, bem como pelos alunos de Mestrado Sara Beozzi (Mestrado em Engª do Ambiente) e Carlos Matos (Mestrado em Engª Agronómica). Por seu lado, a Teciplante tem a seu cargo as áreas da propagação, protecção das plantas e rega, desenvolvidas pelo Eng. Ricardo Silvestre e pelo Eng. Hugo Pereira.
O projecto BIOPLANTA ambiciona ir ainda mais longe, pretendendo-se que, numa 2ª fase, seja possível obter um novo produto com um conjunto de características que, em termos de sustentabilidade e benefícios ambientais, vá para além das exigências do “Modo de Produção Biológico”, o que será, certamente, uma vantagem competitiva relativamente aos produtos atualmente existentes no mercado. Neste sentido, aspetos como os relacionados com os substratos sem turfa (que cumpram as especificações necessárias para a obtenção do "Rótulo Ecológico Europeu”), a biodegradabilidade dos vasos utilizados e a sustentabilidade dos materiais utilizados na comercialização e promoção do produto, serão algumas das principais áreas a investigar proximamente.