Rodo: Vertentes tecnológica e prática ficam com a maior fatia do bolo

Profissionalismo e qualidade. São com estas duas palavras que os alunos da Escola Profissional de Desenvolvimento Rural do Rodo, na Régua, chegam ao mundo de trabalho depois de completarem os seus cursos numa das melhores escolas públicas do país e da Europa. A escola recebe alunos de todo o país e todos procuram a excelência do ensino profissional.

Intimamente ligada à agricultura, a escola abriu horizontes e, actualmente, actua em quatro fileiras educativas: viticultura, fortemente ligada à região do Douro; turismo (restauração e hotelaria), bem como nos saberes relativos ao património e serviços. Ao todo, são 15 cursos dos quais surgem profissionais especializados e devidamente habilitados para ingressarem no mercado.

 Nesta Escola Profissional, a aposta na componente tecnológica e prática leva a maior fatia do bolo e parece ser essa a chave do sucesso. “Os nossos estagiários são procurados porque têm qualidade, porque prestam um bom serviço e, normalmente, ficam empregados nas empresas”, confessa o Director da Escola, Luís Maduro.

Nem só de agricultura vive o Douro. Por isso, é imperativo que se qualifiquem indivíduos para que os mesmos possam agir, a nível intermédio, nas várias áreas que sustentam o desenvolvimento rural.

 O corrupio dos barcos do Douro, as vindimas, o enoturismo, o turismo de habitação, bem como toda a riqueza cultural e histórica de uma região pode e deve ser valorizada, mas, para isso, é necessária mão-de-obra qualificada.

  

Um olhar atento  para o futuro

Técnico de Energias Renováveis vai abrir

Uma das novas apostas da Escola Profissional é o Curso Técnico de Energias Renováveis, que incidirá na variante de sistemas solares. Formar profissionais na área é um dos objectivos da escola que abriu também, recentemente, um curso de instalações eléctricas.

O futuro poderá passar ainda por formações modelares objectivando, assim, um aumento do número de pessoas qualificadas em várias áreas agrícolas e não só.

 
Cursos ligados à agricultura procurados por jovens dos meios urbanos

 

Actualmente, são cerca de 600 alunos vindos de 53 Concelhos do país que escolheram a escola da Régua para desenharem um futuro, um futuro que para alguns ficará ligado à agricultura.

“Saturados da vida urbana e com esta crise que se avizinha o voltar à terra é uma garantia”, explica Luís Maduro que aponta outras razões para a procura destes jovens citadinos. “Residência, alimentação, livros, estágios, fotocópias, e fardamentos necessários em alguns cursos fazem parte da gratuitidade que insistimos em manter”, afirma o Director. Desta forma, é dada a possibilidade às famílias de colocarem os seus filhos a estudar numa Escola de referência sem grandes despesas.

Luís Maduro acredita que o nível de exigência na agricultura está a “aumentar” fazendo com que os empresários tenham de ter funcionários devidamente qualificados e certificados, o que poderá criar mais oportunidades de trabalho para os formandos.