ESA BEJA: Tecnologias e Biociências para as Ciências Agrárias
Para a Escola é gratificante saber que já formou mais de 1500 profissionais para a região e para o país a quem é reconhecida a elevada qualidade técnica.
A Escola Superior Agrária integrada no Instituto Politécnico de Beja é uma Instituição de Ensino Superior com 25 anos de existência. Numa região agrícola como o Baixo Alentejo, a criação de uma Escola Superior Agrária foi um marco importante em termos de ciência aplicada e investimento no saber, fundamental para o desenvolvimento da sociedade e economia do sul do país.
A ESA desenvolve a sua actividade formativa na área das tecnologias e das biociências com particular destaque para as ciências agrárias e afins. Neste âmbito ministra cursos a vários níveis: Cursos de Especialização Tecnológica (CET’s), Licenciaturas e Mestrados.
A par desta missão, a Escola tem em curso vários trabalhos de demonstração, experimentação e investigação em colaboração estreita com empresas e associações da região. Esta actividade tem como objectivo proporcionar aos alunos um ensino particularmente prático e aplicado e também permitir a transferência do conhecimento para o tecido empresarial, contribuindo para que as empresas da região se tornem mais competitivas. No âmbito do apoio à comunidade também é importante salientar a prestação de serviços de controlo analítico que os diversos laboratórios da ESA disponibilizam.
A Escola Superior Agrária está atenta às necessidades da comunidade envolvente e procura interpretar em cada momento as aspirações do tecido empresarial regional. O alinhamento do perfil dos diplomados com as necessidades do mercado de trabalho é fundamental e só é possível graças à colaboração estreita da Escola com a comunidade envolvente. Por outro lado, um aspecto que constitui um denominador comum a todas as formações é a dinamização do empreendedorismo junto dos alunos que estão prestes a entrar no mercado de trabalho.
O Alentejo sempre foi e será uma região fundamentalmente agrícola. Este sector de actividade, pouco apoiado nos últimos tempos, começa agora a ser valorizado face ao reconhecimento da sua importância para a economia do País e da região. Com a antecipação da conclusão do Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva e a consequente criação de uma reserva estratégica de água e de uma rede de distribuição a um conjunto de actividades na sua zona de influência, a agricultura é uma das actividades que mais vai beneficiar desta infra-estrutura. O modelo cultural da agricultura do Alentejo vai certamente sofrer uma progressiva alteração com a introdução de novas culturas, mais exigentes em água, mas também com maiores opções produtivas e de maior rentabilidade. Neste cenário perspectiva-se a adopção de novas técnicas de gestão agrícola, em que ao factor produção se associa a elevada qualidade dos produtos e a sua adequada colocação nos mercados nacionais e europeus. É neste contexto que a ESA, apesar das dificuldades sentidas nos últimos anos na captação de alunos, continua a apostar nas licenciaturas em Agronomia, Biologia e Recursos Naturais, Engenharia Alimentar e Engenharia do Ambiente. Todas as licenciaturas têm possibilidades de prossecução de estudos em cursos de mestrado que se desenvolvem no seguimento dos cursos de licenciatura. A Escola Superior Agrária é afectada pelos mesmos problemas das restantes instituições de ensino superior que leccionam cursos em áreas científicas semelhantes. Acresce ainda que está localizada numa região demograficamente carenciada, de interior, com pouca apetência para os jovens que terminam o ensino secundário. Uma das estratégias para captar alunos para as licenciaturas, passa pela criação de uma oferta diversificada de Cursos de Especialização Tecnológica que para além de conferirem um grau académico de nível IV, possibilitam o prosseguimento de estudos. No próximo ano lectivo entrará em funcionamento um novo CET em Técnicas de Conservação da Natureza.
Para a Escola é muito gratificante saber que já formou mais de 1500 profissionais para a região e para o país a quem é reconhecida a elevada qualidade técnica. Este é o factor que nos motiva no prosseguimento da nossa missão.
Autoria: Olga Amaral (Directora da Escola Superior Agrária de Beja)