Cenoura produzida todo o ano para o mercado interno e externo

A cultura da cenoura foi o tema de mais um Dia de Campo levado a cabo pelo Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional. Como parceira para demonstrar o melhor que se faz em Portugal foi escolhida a Primohorta – Sociedade de Produtores de Hortícolas, Lda – situada no Montijo.

Entre uma visita à central e outra a um campo de cenoura ficámos a saber que esta é uma cultura que no seio da Primohorta e seus associados notou um crescimento significativo nos últimos anos, fruto da capacidade da central em dar escoamento a toda a produção por via da entrada no mercado externo.

Produzida durante o ano inteiro a cenoura é submetida a uma enorme diversidade de certificações

Produzida durante o ano inteiro a cenoura é submetida a uma enorme diversidade de certificações. E, entenda-se, que para obterem esses certificados os agricultores são obrigados a cumprir rigorosos requisitos que vão desde análises aos solos, às águas e aos produtos, à formação dos funcionários bem como à supressão de determinados herbicidas e pesticidas, culminando numa cultura com maiores custos e menores rentabilidades. Mas os agricultores continuam empenhados porquê? Porque desta forma conseguem colocar uma boa percentagem da produção no mercado externo, onde obtêm melhores dividendos. 

Estes resultados só têm sido possíveis devido a uma relação muito próxima entre os fornecedores de sementes e os agricultores, porque interessa semear a variedade certa no momento exacto, com o apoio dos técnicos da Primohorta, que acompanham os campos em permanência. Há que manter uma rama saudável, porque é a garantia de que a cenoura está a crescer correctamente, para além de ser um elemento imprescindível para a colheita.

Batata e cebola acompanham

Sobre a Primohorta, a sua directora geral, Isabel Ferreira, explica que 2011 continua a ser um ano de investimentos como foi a instalação de um sistema de separação de inertes, tendo sido adquirido de seguida um equipamento para oxigenar as águas, visto tratar-se de um sistema fechado para reutilização deste recurso tão escasso.

Além desta preocupação ambiental está a tentar fazer-se com a batata (primor) aquilo que já se faz com a cenoura, que é manter um ritmo de trabalho anual, com a premissa de que quando é para exportação os níveis elevam-se.

Em suma, 2011 está a ser, e vai continuar, um ano de prova para a Primohorta que pela primeira vez trabalhou em simultâneo os seus produtos