Na Quinta de Juste faz-se puro vinho verde pisado a pé

No perímetro da cidade de Braga a Quinta de Juste orgulha-se do seu passado, nas mão da mesma família, há mais de 250 anos. Com a curiosidade de terem sido sempre as mulheres da família a tomarem a dianteira do projecto (sempre apoiadas pelos maridos), hoje tem à sua frente a Sra. D.ª Alexandra Pereira de Castro e o Sr. Dr. Artur Pereira de Castro.

Integra a Rota dos Vinhos Verdes desde início desta e dispõe de uma Sala de Provas, onde recebe grupos de enoturistas.

A história da Quinta de Juste permitiu-lhe desenvolver várias formas de comercialização dos vinhos ao longo do tempo. Se no século XX teve tabernas espalhadas pela cidade de Braga, com o fim desses espaços comerciais teve de criar outras formas de escoamento que ainda hoje subsistem. Sem recurso a distribuidores ou a grandes promoções, são os clientes que se deslocam à Quinta, sejam eles particulares ou restaurantes da região. Os bons resultados desta estratégia têm adiado o recurso à exportação, mesmo reconhecendo que esse é um mercado saudável.

Todavia, os proprietários estão conscientes que os mercados não são eternos e como tal acreditam que quando houver uma legislação mais rígida em relação aos “vinhos industriais” os “vinhos de produtor” terão a sua oportunidade de crescer e ai a Quinta de Juste está pronta a produzir mais. Por enquanto a opção mantém-se na redução de volume para uma produção mais qualificada.

 

Espumante está para breve

Na encostra sobre o vale do Cávado a Quinta de Juste ocupa cerca de 40 hectares, incidindo as vinificações sobre metade dessa área.

O vinho é produzido de acordo com o terroir da região e sem grandes aditivos químicos. Sempre foi estratégia da Quinta introduzir castas de fora da Região dos Vinhos Verdes que ajudam ao envelhecimento dos vinhos. As experiências são constantes para que os enólogos possam optar por aquelas que apresentem melhores qualificações de teor alcoólico. Também é de salientar que o vinho tinto continua a ser com pisa a pé e a elaboração dos próprios vinhos brancos não se socorre de grandes tecnologias.

Nesta procura de novidades inserem-se também as experiências com espumantes, sendo já promissores os resultados obtidos a partir da casta Espadeiro, tudo apontando para que venha a ser lançado no mercado um espumante a partir dela.