Produção nacional de azeite satisfaz cerca de 50 a 60% das necessidades de aprovisionamento do nosso país
A vocação dominante do olival português é a produção de azeite, com cerca de 97% do total da azeitona produzida destinada à obtenção deste produto e apenas cerca de 3% canalizada para a produção de azeitona de mesa (INE, 2008). A representatividade do sector do azeite na estrutura agro-alimentar tem sido, nos últimos anos, próxima de 1%, correspondendo a um valor da ordem dos 92 milhões de euros (INE, 2008).
A área de olival para azeite, em Portugal, segundo o INE, em 2009, era de 380.715 hectares, com uma produção de azeitona laborada de 414.487 toneladas de azeite.
Os fluxos comerciais a nível mundial, importações e exportações, apresentam-se relativamente equilibrados, dando indicação de que este é um sector que não gera excedentes.
A balança comercial portuguesa do azeite é deficitária, com importações, em 2008, de 73,5 mil toneladas e exportações na ordem das 33 mil toneladas.
Entre os mercados de destino das exportações nacionais, destaca-se o Brasil, que absorve cerca de 60% do total de exportações nacionais de azeite, valor este que duplicou desde 2004.
A produção nacional de azeite satisfaz cerca de 50 a 60% das necessidades de aprovisionamento do nosso país. Os restantes 40 a 50% são assegurados pela entrada de azeite com proveniência comunitária, sendo Espanha a sua principal fonte de abastecimento.
O défice foi-se agravando desde 2000 até 2006, ano em que atingiu o valor de 114,2 milhões de euros, no entanto, tem vindo a recuperar até 2009, em que o saldo atingiu o valor absoluto mais baixo dos últimos anos: 21 milhões de euros.
Fonte: Evolução da Balança de Pagamentos no sector do Azeite entre 2000 e 2009
- Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares (OMAIAA)
