OLIDAL quer exportar 70% da produção dentro de dez anos

A funcionar quase há duas décadas a OLIDAL – Olivicultores do Alentejo, assume-se como um projecto diferenciador. Presidida por José Castro Duarte, a OLIDAL tem pouco mais de uma dezena de produtores associados que se uniram quando sentiram necessidade de terem um local onde pudessem transformar a sua azeitona e obter o seu próprio azeite, com diferentes características consoante fosse destinado ao mercado interno ou ao externo. Ou seja, sem nunca perder a tipicidade do olival e do azeite tradicional português, desde logo se olhou para um mercado mais lato, plantando-se variedades que pudessem “internacionalizar” o produto.

Recorde-se que a OLIDAL fica situada em Santo Amaro, concelho de Sousel, no Norte Alentejano. Região que beneficia de uma Denominação de Origem Protegida que simboliza as boas condições para se obter um produto final de alta qualidade.

O azeite mais vocacionado para o mercado externo apresenta uma cor mais esverdeada, ao “género do italiano”. Já em Portugal apreciam-se azeites “mais macios”. Neste campo Jose Castro Duarte reconhece que ainda há um longo trabalho a percorrer até conseguir fidelizar-se o consumidor a uma marca. Normalmente o consumidor português ainda usa o mesmo azeite quer seja para cozinhar ou consumir em cru e na hora de comprar o preço ainda é factor determinante.

Voltando à OLIDAL, nestes 18 anos de actividade, uma grande preocupação tem sido a de trabalhar bem as marcas. Embora tenha estado ausente durante alguns anos para se dedicar a um projecto ligado ao vinho, José Duarte voltou há dois anos e tenta agora diversificar mais a rede comercial, nomeadamente por via da exportação.

Aproveitando a experiência ganha com o vinho (empresa Encostas de Estremoz) a OLIDAL passou a usar os mesmos canais de distribuição para o azeite há cerca de ano e meio, o que começa agora a dar os seus frutos. Todavia, nem sempre essa simbiose é possível e o árduo trabalho de penetrar no mercado externo vai sendo desenvolvido de outras formas, com a certeza que só desta forma será possível obter a mais-valia que o produto merece. Isto porque, na opinião de José Castro Duarte, em Portugal os preços estão demasiado comprimidos e as margens de lucro são diminutas.

 

Projecto de internacionalização pode ser o trampolim 

A OLIDAL viu aprovado um projecto de internacionalização apresentado no âmbito do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) que, entre outros propósitos, visa a prospecção de novos mercados, nomeadamente através da presença em feiras internacionais.

Há uma grande expectativa a este nível, nomeadamente na conquista do Extremo Oriente, para onde a OLIDAL já desenvolveu contactos, ficando o distribuidor que neste momento exporta para o Qatar responsável por levar o azeite para a China. Além disso a OLIDAL também vende para a Polónia e um pouco para o Canadá.

Estes ingredientes vão fazer germinar o que se perspectiva vir a ser o futuro da OLIDAL, isto é, dentro de dez anos o volume de exportação representar 70% das vendas de azeite. São objectivos ambiciosos mas cientes de que não será uma missão fácil tendo em conta que ainda não há grande conhecimento no exterior de que Portugal é produtor de azeite. Acresce ainda a questão da pequena dimensão que nunca irá permitir “lutar” por via dos baixos preços. “É toda uma imagem que temos de construir mas vamos fazê-lo”, afiança o nosso entrevistado.

 

Fraco rendimento mas excelente qualidade

O balanço da última campanha em termos de campo aponta para um baixo rendimento da azeitona mas em contrapartida resultando em boa qualidade do azeite.

Na empresa aponta-se para um crescimento na ordem dos 15 a 20%, por via do aumento da transformação de azeitona e das vendas. José Castro Duarte admite que a capacidade de transformação também terá de crescer em breve, perspectivando-se daqui a cinco anos transformar 20 milhões de quilos de azeitona. Este ano o volume transformado estima-se em cerca de oito milhões de quilos de azeitona.

Relativamente ao azeite, cerca de 90% entra na categoria de virgem extra, o mínimo aos olhos da OLIDAL para ser um produto de qualidade. Este, é fruto de uma rigorosa selecção de azeitonas das variedades Galega e Cobrançosa, de olivais plantados nas encostas soalheiras do Alentejo. Apresenta uma excelente harmonia entre a suavidade e o frutado de azeitonas frescas, bem ao gosto do consumidor.

Olidal by Chakall

Tendo como inspiração a criatividade e a aposta na qualidade de produtos utilizados diariamente na gastronomia, Chakall e a Olidal associaram-se para o lançamento de Olidal by Chakall. Este azeite, disponível em duas versões, pode ser adquirido em dez lojas gourmet dos hipermercados Continente.

 Um azeite virgem extra e um azeite que é a simbiose perfeita entre o mundo ocidental e oriental. Estas são as duas opções agora disponibilizadas pela Olidal, desenvolvidas pelo Chef Chakall, num processo demorado, complexo e cuidado com inúmeras provas e testes até à aprovação do produto final. Um azeite com o tão conhecido toque do Chef Chakall já célebre pela utilização de produtos biológicos e de grande qualidade na concepção dos seus pratos.

 “Escolhi esta parceria com a Olidal, por ser uma empresa que tem excelente azeite e conseguimos conjuntamente chegar a uma excelente mistura de aromas, fazendo recordar os azeites dos nossos antepassados e que ilustra o perfume que um bom prato deve ter”, refere Chakall.

 

Olidal By Chakall DOP nº 2 - é um azeite proveniente da variedade galega, laborada a baixas temperaturas para lhe transmitir frescura, originando um azeite ligeiramente espesso, muito frutado e de cor amarelo esverdeado.

 

Olidal By Chakall nº 3: Feito através das variedades:  galega, arbequina, koroneike -  É um azeite muito fresco, frutado, apresentando uma excelente complexidade de aromas e um bom equilíbrio de picante, amargo e doce, que o tornam muito harmonioso.