Inovação, Qualidade e reconhecimento: Venâncio da Costa Lima prestes a comemorar um século
Cem anos separam uma realidade há muito vencida quando a uva era pisada, nas adegas, pelo pé humano e o vinho consumido a miúdo nas tascas. A empresa Venâncio da Costa Lima é um bom exemplo da evolução dos tempos e consequente remodelação tecnológica.
Situada em Quinta do Anjo, Palmela, é uma das adegas mais antigas da região, datando o seu início de actividade de 1914.
Aqui a preocupação começa na vinha. Para Joana Vida, que fala em nome da empresa, é primordial fazer-se um controlo exaustivo da vinha para que as uvas cheguem à adega nas condições perfeitas.
Actualmente o consumidor é mais exigente, bebe em ocasiões específicas, prefere dar mais dinheiro por um bom vinho numa situação pontual. Hoje em dia, o vinho, além de se beber, comenta-se, é assunto e, todas estas mudanças obrigam a um maior cuidado na produção e consequentemente um vinho com mais qualidade.
Branco, tinto e moscatel
A empresa conta com cerca de 50 associados que produzem para a adega, perfazendo uma média de três a quatro hectares de vinha por cada viticultor. Chegada a altura da vindima, é marcado com cada um dos sócios o dia para a apanha da uva que, segue para a adega com a finalidade de ser transformada em vinho. A Venâncio da Costa Lima produz três tipos de vinho- branco, tinto e moscatel. Este último é um vinho licoroso produzido, apenas, na região de Setúbal.
A adega conseguiu conquistar o seu lugar ao sol no mercado dos vinhos e, vende para todo o país, sobretudo Centro e Sul, mas chega igualmente além fronteiras, sendo os seus principais pontos de venda países como o Brasil, Bélgica e Suíça. Os vinhos com mais «saída» são o par branco/tinto regional Península de Setúbal – Gama Vale Pereiro, o Fernão Pires (tinto); o Aragonês (tinto) e ainda o Moscatel e o Castelão. A empresa possui, ainda, uma marca muito antiga - Serrinha – que são vinhos de mesa, vendidos em box.