Fileira do tomate recupera seguro

Publicado a 05-08-2013

Na campanha da apanha do tomate, que tem início em meados de agosto, esta fileira produtiva vai, finalmente, poder acionar um seguro de colheita específico para esta produção. Após uma primeira experiência similar há alguns anos, volta a existir a possibilidade de ter prazos e coberturas alargados que permitam fazer face a riscos decorrentes de chuvas persistentes, como as que se fizeram sentir esta época.

Foram, finalmente, coroados de êxito os esforços conjuntos de produtores e industriais, no sentido de realizar um objetivo de extrema importância para o sector. As negociações que decorreram com as seguradoras chegaram a acordo para as condições em que passa a ser possível alargar a duração da campanha pelo menos até 15 de outubro e que inclua a cobertura de riscos específicos e mais relevantes nesta cultura.

Face a esta conquista, tornada possível exclusivamente pelos agentes do setor, Miguel Cambezes, secretário-geral da Associação dos Industriais de Tomate, lembra que “nos últimos 20 anos o setor do tomate tem vindo a crescer entre três a cinco por cento e neste momento já tem um volume de negócios de 250 milhões de euros. No entanto, ainda temos potencial de crescimento, sendo que para isso, entre outras coisas, era importante alargar a duração da campanha e fazer com que os seguros acompanhassem esse movimento”.

Só com a manutenção deste seguro, de forma permanente, é possível alargar a campanha do tomate e, dessa forma, conseguir um outro objetivo importante desta fileira, atingir os 2 milhões de toneladas processadas. Nesta altura Portugal produz e processa 1.300.000 de toneladas de tomate anualmente.

As indústrias e os produtores de tomate para transformação veem, assim, consagrada uma ambição, que consideram absolutamente necessária para uma boa prática agrícola. Dado o nível de custos que um tal seguro representa - quer para as organizações de produtores quer para os industriais, - os referidos encargos vão poder ser repartidos de forma negociada, de forma a captar todas as verbas comunitárias que possam ser alocadas ao pagamento deste prémio.

Fonte: AIT