VIII Congresso Nacional do Milho: conclusões

Defesa intransigente do Regadio

Reunidos em Lisboa cerca de 600 produtores de milho na presença de técnicos nacionais e estrangeiros, que ao longo dos dois dias versaram temas relacionados com a produção, com o comércio e com as perspectivas futuras da produção de milho em Portugal, concluíram:

 

1. É indiscutível o elevado potencial económico desta cultura para o nosso país e para a economia nacional.

2. Torna-se cada vez mais evidente que a cultura do milho é aquela que em extensão, e para as condições médias do nosso país, se encontra mais bem adaptada.

3. É absolutamente prioritário que seja feita a defesa intransigente do Regadio ao longo do próximo quadro comunitário, uma vez que em climas como o nosso só a disponibilização de água às culturas permite maximizar o seu potencial produtivo. Os custos da rega têm de ser acautelados, embora numa perspectiva de eficiência energética e do uso da água, de modo a salvaguardar a competitividade das culturas regadas.

4. Os interesses dos produtores nacionais de milho têm que ser devidamente acautelados ao longo de todos os processos negociais que se avizinham, quer no que diz respeito ao rendimento dos produtores, quer no que diz respeito aos acordos comerciais e à revisão da Política Agrícola Comum. Não se pode aceitar o facto de não ter consideração o dinamismo deste sector e o forte investimento feito pelos agricultores e pelos seus Agrupamentos ao longo dos últimos anos.

5. Torna-se urgente que sejam definidas Políticas Públicas que viabilizem a implementação desta cultura em novas áreas de regadio que venham a ser disponibilizadas.

6. A consolidação da concentração da oferta e da consequente capacidade comercial das Organizações de Produtores de Milho deve ser uma prioridade política urgente.