I Congresso Nacional de Turismo Rural

09-05-2014

Portugal atravessa um momento particularmente importante, e decisivo, na definição das suas linhas orientadoras do Turismo em geral e do Turismo Rural em particular.

Os resultados globalmente conseguidos em 2013, com particular preponderância para os territórios Porto, Lisboa e Algarve, deverão agora assumir um objetivo e desígnio Nacional, no sentido da sua extensão para os territórios de baixa densidade populacional, afirmando-se pelas suas mais valias diferenciadoras, e contribuindo para uma melhor coesão e sustentabilidade dos territórios e do setor.

É neste âmbito que a Federação Portuguesa de Turismo Rural e a Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, em colaboração com o Município de Oleiros, e com a Naturtejo E.I.M, organizam o I Congresso Nacional de Turismo Rural  nos dias 20 e 21 de junho no Hotel Santa Margarida em Oleiros, no qual serão debatidos os constrangimentos e os desafios do setor, mas também, e sobretudo, apontar as políticas e estratégias de afirmação de um setor que, segundo a OMT apresenta sinais de crescimento a um ritmo de 6% ao ano. Entendem os promotores que a sustentabilidade do segmento “Sol e Mar” que tem estado na base da nossa promoção externa, precisa do desenvolvimento complementar de outros segmentos, como forma de garantir a sua sustentabilidade. Por outro lado, o Turismo Rural, pode ser o motor para o desenvolvimento dos territórios de baixa densidade populacional, contribuindo para combater a desertificação e o abandono, ajudando pelos seus efeitos multiplicadores, as pequenas economias a desenvolver-se.

Portugal desenvolveu nas duas últimas décadas, um significativo investimento em estruturas turísticas em ambiente rural, que agora é preciso complementar através de políticas de investimento em promoção externa, que garantam um significativo aumento da procura como forma de contrariar a forte sazonalidade do setor pela atual dependência que tem face ao mercado interno. 

Este é o grande desafio que se coloca na atualidade ao setor, que tem sabido encontrar nos últimos tempos as formas de organização que podem contribuir de forma construtiva, inclusiva e abrangente para desbravar os caminhos que possam contribuir para que Portugal, esteja no pelotão da frente no que respeita ao desenvolvimento esperado deste setor no contexto do Turismo Nacional.